Com Uma Palavra Mágica foi um quadrinho lançado entre 2012 e 2013, com capítulos originalmente presentes na segunda parte das revistas mensais da Liga da Justiça. Quem se interessar, pode encontrar essa história em um encadernado recém lançado pela Panini, ou nas scans de Liga Da Justiça #0#7~#11#14~#16, e #18~#21, dos Novos 52. A história foi escrita por Geoff Johns e desenhada Gary Frank, uma das minhas duplas prediletas dos últimos tempos.

Billy Batson é um garoto órfão que não se dá muito bem com as pessoas. Ele é solitário demais para uma criança de quinze anos, além de ser bastante desobediente (totalmente diferente de suas versões anteriores). Billy é adotado por um casal, os Vasquez, que já possuem outros cinco filhos adotados: Mary, Freddy, Pedro, Darla e Eugene. Billy agora tem uma família, mas ele não se sente muito feliz com isso, já que não liga muito para interações. Ele gosta de ficar sozinho e fazer suas coisas sozinho.

Enquanto isso, um homem denominado Doutor Silvana investiga uma série de relatos, vindos de diferentes pessoas ao redor do mundo, que dizem que foram capturadas por um velho mago, onde o mesmo os testaram e fizeram uma série de perguntas. Silvana acredita que isso possa ter alguma coisa a ver com a lenda do Adão Negro, e que o mesmo será o responsável por trazer a magia de volta ao mundo (que atualmente foi substituída pela ciência).

Billy se mete em problemas no primeiro dia de escola, após tentar ajudar seus irmãos adotivos. Os filhos do sr. Bryer sempre arranjam confusão com eles, por não terem escrúpulos e serem “filhinhos de papai”. Na noite após esses acontecimentos, Billy sai de casa e vai até o zoológico da cidade visitar o tigre Malhado, de quem diz ser o único que possui um certo parentesco; nessa releitura contemporânea, Malhado é tratado apenas como uma espécie de easter egg para os fãs mais árduos da mitologia desses personagens. Billy é seguido por Freddy, um de seus irmãos adotivos, e eles acabam indo até a casa do sr. Bryer para “dar o troco” pelo que aconteceu mais cedo.

Enquanto isso, Silvana continua sua jornada em busca de Adão Negro, e acaba encontrando uma espécie de tumba onde o mago negro estava aprisionado. Ele liberta Adão Negro, e finalmente dá a chance ao mago de obter sua vingança perante o mago Shazam, quem o aprisionou (com a ajuda do conselho dos magos) tempos atrás. Fugindo do sr. Bryer e seus filhos, Billy acaba sendo capturado pelo mago Shazam, do qual Silvana está investigando. Relutante, porém sem tempo, o mago dá seus poderes ao garoto, para que o mesmo possa deter a ameaça do Adão Negro, libertado por Silvana.

Um incrível confronto de magos está prestes a começar! Adão Negro está faminto por vingança, e Billy não pode simplesmente “devolver” seus poderes ao mago Shazam, pois o ritual do qual passou é irreversível. Caberá a ele proteger o mundo de todo o tipo de ameaça mística que viera a acontecer.

Na história ainda temos a chance de ver a Família Marvel aparecendo pela primeira vez. Além disso, nos é contada toda a história do Adão Negro, onde conhecemos sua origem, motivação, traumas, e claro, a pessoa por trás do mago (traçando um paralelo aqui, o “Billy Batson” do Adão Negro). Também temos a volta do sr. Bryer, que tem uma forte presença no final da trama. Aqui, o nosso herói não é referenciado em nenhum momento como “Capitão Marvel”. Geoff Johns optou por chamá-lo apenas de “Shazam”, o que pode ser compreensível.

Pessoal, eu não sou um grande conhecedor de toda a história e mitologia do Capitão Trovão, mas considero essa história como uma das melhores do personagem (das poucas que li). É um excelente ponto de partida para quem busca conhecê-lo.

Shazam: Com Uma Palavra Mágica (Shazam: The New 52 – Volume 1 – EUA – 2013, DC Comics).
Roteiro: Geoff Johns. Arte: Gary Frank. Cores: Brad Anderson. Editores originais: Brian Cunningham, Peter Hamboussi.

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Sobre o Autor

Apaixonado por quadrinhos, cinema e literatura. Estudante de Matemática e autor nas horas vagas. Posso também ser considerado como um antigo explorador espacial, portador do Jipe intergaláctico que fez o Percurso de Kessel em menos de 11 parsecs — chupa, Han Solo!